quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Despir-se do medo de amar,
Abadonar os olhares frios,
Banhar-se das desconfianças,
E permitir-se desabrochar no abraço longo
Desnudado e quente,
De um outro coração que ama...

Sentir o doce perfume do encontro,
Aquele momento infinito sem palavras,
Onde apenas as batidas dos corações acontecem,
E num segundo,
Já batem em sintonia
A mesma canção...

Despir-se do medo de amar
É soltar as amarras,
Daquilo que carregamos como nosso por tanto tempo,
Mas em verdade nunca foi,
Era emprestado da ilusão do "não poder",
Era uma mentira que contávamos para nós mesmos
Dia após dia,
E de tanto contar,
Acreditamos,
E por nos deixarmos enganar,
Assim, deixamos escapar a luz por entre os dedos,
E nos fechamos ao perfume da alma
Que encolhida, espera,
Até que novamente o sol nasça
E o calor do Amor a aqueça...

Despir-se do medo de amar
É fazer as pazes com a Vida,
É dizer um SIM sem medida,
É acolher nos braços, nos olhos,
No corpo e na alma
O mundo inteiro,
O Universo,
Cada ser, cada canção, cada poesia
Cada momento
Com tamanha naturalidade,
Simplicidade,
Que tudo é totalmente a gente mesmo,
Não existe mais estranheza,
Nem certeza,
Só Amor,
Para recomeçar..

domingo, 15 de setembro de 2013

Todo amor
Todo amor dorme
Numa caixa, numa gaveta, numa sala escura
Que às vezes visito
Como hoje num sonho
Como deneuve entre os pombos
A abençoar seus queridos
E o tempo, senhor dos enganos
Apaga os momentos sofridos
E aqui te traz vez por outra
A passar umas horas comigo
Ficamos nós dois entre sonhos
De amores novos e antigos
Te beijo no escuro silêncio da sala
Que às vezes visito