Despir-se do medo de amar,
Abadonar os olhares frios,
Banhar-se das desconfianças,
E permitir-se desabrochar no abraço longo
Desnudado e quente,
De um outro coração que ama...
Sentir o doce perfume do encontro,
Aquele momento infinito sem palavras,
Onde apenas as batidas dos corações acontecem,
E num segundo,
Já batem em sintonia
A mesma canção...
Despir-se do medo de amar
É soltar as amarras,
Daquilo que carregamos como nosso por tanto tempo,
Mas em verdade nunca foi,
Era emprestado da ilusão do "não poder",
Era uma mentira que contávamos para nós mesmos
Dia após dia,
E de tanto contar,
Acreditamos,
E por nos deixarmos enganar,
Assim, deixamos escapar a luz por entre os dedos,
E nos fechamos ao perfume da alma
Que encolhida, espera,
Até que novamente o sol nasça
E o calor do Amor a aqueça...
Despir-se do medo de amar
É fazer as pazes com a Vida,
É dizer um SIM sem medida,
É acolher nos braços, nos olhos,
No corpo e na alma
O mundo inteiro,
O Universo,
Cada ser, cada canção, cada poesia
Cada momento
Com tamanha naturalidade,
Simplicidade,
Que tudo é totalmente a gente mesmo,
Não existe mais estranheza,
Nem certeza,
Só Amor,
Para recomeçar..
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